
Quem curtiu os inebriantes anos 70, certamente se deslumbrou com as fantásticas capas de discos das bandas de Rock Progressivo, ou seja, ficava “viajando”por aqueles caminhos de sonhos e pensando o que seria possível encontrar em cada canto escondido daqueles locais misteriosos (pois não pareciam ser deste mundo).
Era impossível passar batido pelos clássicos discos do rock progressivo sem se encantar com suas capas, especialmente quando elas são de autoria de ninguém menos que Roger Dean.
O artista inglês começou a produzir capas de discos ainda no final da década de 60. O primeiro trabalho seria para a banda The Gun e o álbum autointitulado, de 1968. Em alguns anos o aluno da Royal College of Art já assinava as capas de outros grandes ícones do progressivo setentista, como as bandas Yes, Asia, Uriah Heep, Osibisa, entre tantos outros .
Assim como ocorre com muitos nomes da arte das capas, os traços de Dean são facilmente reconhecíveis em todas as suas obras, quase sempre representadas sob a forma de paisagens exóticas e sublimes com pitadas de surrealismo. Tanta inspiração é fruto de uma infância passada em lugares de grande beleza, como a Grécia, Chipre e Hong Kong, por onde o artista viveu devido ao trabalho do pai no exército. Humilde, Dean costuma dizer em suas entrevistas que não se vê como um artista que projeta a fantasia e sim como um pintor de paisagens.
Altamente reverenciado mundo afora, Roger Dean já foi tema de diversas exposições e homenagens, tendo seu trabalho sido exibido em muitas galerias de arte e museus, o que nos dá uma dimensão da importância do ilustrador no mundo das artes. Mas nem só de sucessos se vive um artista.
Em 2014 Dean perdeu o processo que moveu contra o cineasta James Cameron, em que alegava plágio na criação do filme Avatar. “Parte da minha reação quando eu vi o filme foi “Maldito, isso é ultrajante! A outra reação foi: “Jesus Cristo, meu trabalho parece fantástico na tela grande!” Nós tínhamos cerca de três milhões de pessoas dizendo que era muito parecido, muitos deles eram pessoas famosas. A BBC, a televisão coreana … todos fizeram a comparação”, lamentou em entrevista ao site Long Live Vinyl.
Tretas à parte, o que realmente importa são as capas belíssimas e o grande legado que mais esse dono da capa deixa a todos nós, pobres mortais.
Com informações do cademeuwhiskey.wordpress.com
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