
- Ministério da Justiça deve ser o responsável pela gestão da Polícia Federal e da Secretaria de Combate à Corrupção -
O presidente eleito Jair Bolsonaro vai oferecer ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, um Ministério da Justiça ampliado. De acordo com interlocutores de Bolsonaro, ele deve rever a separação realizada na gestão de Michel Temer, que criou o Ministério Extraordinário da Segurança Pública. A pasta que pode ficar sob o comando do magistrado de primeira instância contaria com a Secretaria da Transparência e Combate à Corrupção, Controladoria-Geral da União (CGU), Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e a reintegração da Segurança Pública. A intenção é reunir, em um só local, os órgãos de combate a corrupção que tiveram grande importância durante a Operação Lava-Jato.
Sérgio Moro deve se encontrar na manhã desta quinta-feira (1º/11) com Bolsonaro, no Rio de Janeiro. Ele também está cotado para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, o próximo ministro a se aposentar é o decano Celso de Mello, que deixará a Corte em 2020. A intenção de Bolsonaro é que Moro entre no governo nos primeiros dias após a posse.
LAVA JATO APOIA MORO
Os integrantes da Lava Jato querem que Sergio Moro aceite o ministério oferecido por Jair Bolsonaro.
Um procurador disse a Josias de Souza que é preciso “olhar para além da Lava Jato”, porque “a engrenagem que favorece a impunidade ainda não foi desmontada”.
E mais:
“O aperfeiçoamento da legislação tornou-se prioritário. Deseja-se aprovar no Congresso pacote com 70 medidas anticorrupção. Coisa elaborada pela FGV e a Transparência Internacional. As mudanças cristalizariam avanços obtidos na Lava Jato, preparando o terreno para o surgimento de operações semelhantes no futuro. Imagina-se que, no comando de um superministério da Justiça, Moro teria autoridade para liderar a transformação.”
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