
Muito boas as análises na Academia Brasileira de Letras sobre o mal-estar político brasileiro, causado pelos defeitos da democracia representativa e do capitalismo de mercados. Todo o mundo sente esse problema, mas os países pobres (renda per capita US$ 4.000), e países emergentes como o Brasil (renda per capita US$ 12.000) sentem mais ainda.
O capitalismo, de longe o sistema mais produtivo, tem dois defeitos – distribui mal a grande renda gerada e não garante pleno emprego, pelo contrário, em épocas de crise como agora admite altíssimos desemprego e subemprego.
EM ELEIÇÃO – É a democracia representativa então que, via urna, deve mitigar esses defeitos (má distribuição da renda e desemprego), adotando políticas de “welfare state” keynesianas. Ocorre que os governos passados no Brasil, para ganhar eleições, fizeram o diabo, quase sempre gastaram mais do que arrecadaram, endividaram-se até o limite superior, elevaram o gasto do Estado em até 45% do PIB, com isso asfixiando a iniciativa privada, o verdadeiro motor do crescimento econômico.
Agora, por mais que habilmente sejam manejados os pedais e as alavancas da economia, via urna, tudo responde devagar.
Mas toda problemática tem sua solucionática, como dizia o atacante Dario. O Brasil, com certas reformas e incentivo à reIndustrialização, tem potencial para superar o desemprego. As medidas todas tem que ser no sentido de fomentar a produção.
ESTRAGO MAIOR – Os governos autoritários têm a facilidade de implementar reformas políticas e econômicas rapidamente, mas quando erram o rumo de transformar o país para melhor, o estrago é muito maior.
A nosso ver, o que ameaça mesmo a democracia ė alto desemprego crescente. Quando o desemprego real chega a 40%, 50%, a solução é fascismo ou comunismo, por mais desatualizados que estejam Marx e Engels.
Por Flávio José Bertolloto........
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