sábado, 12 de maio de 2018

A VIAGEM ESPIRITUAL DE UMA BANDA FASCINANTE....


- Sweet Smoke foi uma alquimia dos fim dos anos sessenta e início dos anos setenta. Uma representação da contracultura e do espírito de liberdade da juventude daquela época. Um som que merece ser escutado infinitas vezes. -

Essa banda é uma preciosidade incrível do rock. Tenho uma verdadeira adoração pelo seu som que é regados a altas improvisações, uma mistura de Psicodelismo com Progressivo, jazz e influências orientais. Um veneno contagiante.
Nascido de uma união bizarra no Brooklyn, fim dos anos 60, o Sweet Smoke começou sua carreira musical nos trancos. No fim dos anos 60 não havia Soundcloud e nem Myspace – não havia a possibilidade real de um disco independente com tiragem razoável, emfim, tudo era muito difícil para qualquer conjunto musical fora do mainstream, principalmente se era categorizado como uma mistura de Jazz e Rock Progressivo.
É claro que isso não impedia que Andrew Dershin (baixista), Jay Dorfman (percussionista), Marvin Kaminowitz (guitarrista e vocal), Michael Paris (saxofonista) e Steve Rosenstein (guitarrista e vocal) se encontrassem para se divertir, tocar, compôr e - conforme o nome da banda - dar um tapinha suave. O nome da banda é emblemático, representa a intensa movimentação hippie de contracultura do fim dos anos 60, na época do LSD e das viagens intermináveis.
Um dia, iriam fazer uma audição no Club 54, de Manhattan (um clube muito famoso, diga-se de passagem), mas tudo saiu errado. O problema é que haviam confiado demais em seus tacos e não tinham mais pra onde ir. Foi aí que Andy Dershin lembrou do bar que tocava com sua banda anterior, The Chasers: o Cafe Wha. Ao conversar com o dono do bar – que também era dono de bares no Caribe – conseguiu uma audição para aquela mesma noite.
Mas antes de tocar, Andy pediu generosamente para o dono do bar um ~jeitinho~ de encaixar a banda em um dos bares no Caribe. Disse que a noite seria intensa, que a casa ficaria lotada, que eles levariam o bairro abaixo. O dono do bar aceitou a proposta e confirmou, se arrasassem, poderiam tocar no Caribe. Tocaram e arrasaram. O resultado foi a contratação para ser a banda da casa, pra sempre, e no Caribe.
A história da banda é mais extensa e nos leva à viagens espirituais, ao aprofundamento na cultura indiana e ao rompimento. A banda não viveu muito, não cresceu nos anos 70 e acabou virando um símbolo da contracultura americana.

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