sexta-feira, 21 de junho de 2019

A história por trás de um dos melhores álbuns ao vivo de rock


                     
THE WHO – LIVE AT LEEDS – 1970 - Pete Townshend estava eufórico após a ótima avaliação feita pela crítica especializada do álbum Tommy, em 1969. Como frontman de uma nova geração do rock, que estava mais que empolgada com os paradigmas quebrados no ritmo com a canção “Substitute” e toda a barulheira incandescente de “My Generation”, o guitarrista do The Who viu que tinha que promover de qualquer maneira o novo trabalho.Mas era uma missão complicada. Afinal, em Tommy havia toda aquela aura de ser um álbum conceitual, que estava mais atrelado a uma ficção (bem triste, por sinal) longe de ser demagoga, mas muito próxima de ser rechaçada pelo grande público.
Se era assim, o que fazer? Tocar as mais de 20 faixas do álbum ‘opera-rock’ na íntegra em uma apresentação, ou mesclá-las a outros hits que alçaram a carreira do The Who a uma das maiores bandas de rock já existentes?
De fato, todos os integrantes queriam um registro histórico. Estavam cientes de que a banda vivia um ótimo momento. Também pudera, com os álbuns The Who Sell Out (1967), My Generation (1965) e A Quick One (1966) conquistando boas posições nas paradas Billboard, já estava mais que na hora de pensar em uma apresentação ao vivo que virasse uma lenda.
Ao vivo em Leeds
Tal fato aconteceu no ano seguinte, em 1970. Na britânica Universidade de Leeds, Pete, Roger Daltrey (voz), John Entwhistle (baixo) e Keith Moon (bateria) tocaram naquele que seria considerado um dos melhores shows de rock de todos os tempos.
No setlist, as já memorizadas “Tattoo” e “Substitute”, além de uma apresentação visceral de “My Generation”, com direito a quebra de boa parte dos equipamentos que a banda dispunha.
Também houve espaço para algumas faixas do novo álbum mas, por incrível que pareça, após mais de uma hora de apresentação, apenas alguns minutos foram pro encarte original deLive At Leeds, que foi lançado em 1970.
Os vinis continham dois lados com apenas seis faixas no total, provavelmente as que estavam com melhor qualidade sonora, segundo a Track Records.
Versões de Live at Leeds
Em 2002, foi lançada a versão remasterizada definitiva que continha as demais canções tocadas na apresentação, que incluíam alguns singles do álbum Tommy, como “I’m a Boy” e “Amazing Journey”.
Além da promoção do último trabalho na universidade, o The Who também realizou uma apresentação em Hull que, nas palavras de Daltrey, “foram ainda melhores que o show de Leeds”.
Na versão comemorativa de 40 anos, o The Who lançou mais um pacote de 2 CDs, com fotos raras do grupo e um single 7″ com as faixas “Summertime Blues” e “Heaven & Hell”.
Um clássico que, sem dúvida alguma, deve ser apreciado pelas velhas e novas gerações.
Por Tiago Ferreira.........

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