quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Datafolha e Ibope têm curvas diferentes na estrada que leva ao Planalto


                  
O Ibope divulgou sua pesquisa na noite de ontem primeiro pela GloboNews e em seguida pela Rede Globo. Os números são diferentes mas as colocações dos principais candidatos são semelhantes tanto num levantamento quanto no outro. Escrevo este artigo à noite de ontem e hoje os números, claro, vão sair nos principais jornais. Chama atenção a divergência quanto aos percentuais descobertos pelos dois Institutos. Para o Datafolha, Bolsonaro subiu de 22 para 24% . Para o IBOPE o salto foi maior e o Instituto colocou o candidato do PSL na liderança com 26 pontos.

A liderança não é o foco da questão já que Bolsonaro ocupa o primeiro lugar tanto numa pesquisa quanto na outra. Mas a diferença de quatro pontos, ao contrário do que se diz por aí, é uma diferença enorme. Basta ver os últimos desfechos eleitorais no país para se constatar a importância de um percentual desse porte.

SEM EXPLICAÇÃO – Algum equívoco tem que haver. Não explica a diferença o fato de a pesquisa do IBOPE ter sido iniciada no sábado e a do Datafolha na segunda-feira. As motivações da subida de Bolsonaro situam-se no atentado que sofreu e no qual quase perdeu a vida não fosse a atuação rápida dos médicos de Juiz de Fora. Mas não é esta a questão.

A questão essencial é que se encontram separando os levantamentos, por exemplo as diferenças em relação as intenções de votos atribuídas a Marina Silva. Para o Datafolha ela caiu 5 pontos, para o IBOPE a queda pode ser incluída na natural margem de erro. Nada disso. Um equívoco. A manutenção próxima ao resultado da pesquisa anterior significa estabilização. O recuo de 16 para 11 pontos destaca o caráter descendente exposto nesses cinco degraus. Aliás, como disse recentemente o mais importante em matéria de pesquisa é identificar os movimentos de subida e descida dos candidatos em foco.

EXCEÇÕES – A maioria dos candidatos, excetuando-se Bolsonaro, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, Marina Silva e agora Fernando Haddad, não apresentam a menor possibilidade de crescimento. Podem até apertar o passo, mas não de maneira capaz de colocá-los no turno final de 28 de outubro.

Interessante frisar que além da disputa entre os cinco principais nomes agora verifica-se que surgiu uma outra: o confronto entre o Datafolha e o Ibope para ver qual deles estará mais certo na hora da decisão.

Vamos esperar os próximos dias.

Por Pedro do Coutto.........

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