Ele é um dos jornalistas mais respeitados do Estado e agora resolveu encarar um novo desafio na sua carreira ao se aventurar pelo mundo fascinante e revelador da poesia. O corumbaense Edson Moraes, radicado em Campo Grande desde 1978, lança nesta sexta-feira, às 18h na Livraria Le Parole (Rua Euclides da Cunha, 1126), na Capital a sua primeira obra autoral o livro “Bugre Rima com estrelas”.
Com chancela da Biblios Editora, "Bugre Rima com Estrelas" tem 44 poesias, é prefaciado pelos escritores Sylvia Cesco e André Luiz Alvez e tem apresentações do cineasta Joel Pizzini, do músico e intérprete Geraldo Espíndola, da ativista ambiental Míriam Duailibi, da produtora de conteúdo Mara Silvestre e do ator Chao Chen.
Além de Campo Grande, a obra também terá sessões de autógrafo na feira Literária de Bonito ( de 6 a 10 de dezembro) e em Corumbá, no dia 15. Com foco nas perspectivas da liberdade, da convivência humana respeitosa, na gentileza e nos valores do cosmos (gente, astros e natureza), o livro, segundo o autor, é também uma experiência de comunicação.
O título"Bugre Rima com Estrelas" guarda identificações do poeta com o lugar aonde nasceu: Corumbá. Na descendência de misturas raciais e étnicas (índios, negros e ibéricos), Edson Moraes defende a requalificação substantiva do vocábulo "bugre", criado pelos colonizadores com sentido pejorativo para segregar os povos originários (índios).
Nos anos 1930 o poeta simbolista corumbaense Pedro de Medeiros contou, em um poema, a versão dos índios bororo para o surgimento de Corumbá, que seria, de estrelas atiradas por Deus no espaço, a única que chegou à terra e se transformou numa cidade. O nome desse poema é "Lenda Bororo".
Como não poderia ser diferente, a expectativa em torno do lançamento de “Bugre Rima com Estrelas”, é grande e Edson Moraes espera contar com a presença dos amigos e de todos aqueles que sabem apreciar um bom livro.
A capacidade de saber cada vez mais sobre cada vez menos, até saber tudo sobre nada, como disse Millôr Fernandes parece ter motivado Edson que agora acredita que a poesia é uma aventura a ser encarada sem rodeios, porque ao se refugiar nela, o tímido ganha ares de fera.
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