terça-feira, 30 de março de 2021

CLÁSSICO INESQUECÍVEL 'ELIS 72' FOI RELANÇADO

- O lendário álbum é um dos melhores trabalhos da cantora e um dos discos mais importantes da Música Brasileira -

Elis Regina já havia lançado nove discos de estúdio, incluindo os dois primeiros gravados em Porto Alegre — antes da fama —, quando chegou ao mercado com o Elis 72, considerado por muitos como o mais icônico do legado da cantora gaúcha. O long play (LP), com produção de Roberto Menescal, então diretor artístico da Philips, trouxe no repertório 12 canções, das quais quase todas viriam a se tornar clássicos da MPB. A obra, agora, após novas mixagem e remasterização, pode ser apreciada em CD, vinil e nas plataformas digitais, além de um lyric vídeo de Casa no campo. Elis Regina já havia lançado nove discos de estúdio, incluindo os dois primeiros gravados em Porto Alegre — antes da fama —, quando chegou ao mercado com o Elis 72, considerado por muitos como o mais icônico do legado da cantora gaúcha. O long play (LP), com produção de Roberto Menescal, então diretor artístico da Philips, trouxe no repertório 12 canções, das quais quase todas viriam a se tornar clássicos da MPB. A obra, agora, após novas mixagem e remasterização, pode ser apreciada em CD, vinil e nas plataformas digitais, além de um lyric vídeo de Casa no campo.
Esses novos formatos do Elis 72 resultam do trabalho de João Marcelo Bôscoli — filho da cantora e do compositor e letrista carioca Ronaldo Bôscoli — que, desde 2012, atento a cada detalhe, criteriosamente, vem remixando trabalhos da mãe no Estúdio Trama, em São Paulo. Além desse álbum, ele fez o mesmo com Elis & Tom (1974), Falso Brilhante (1976) e Elis, de 1980 — também importantíssimos na discografia da eterna Pimentinha.
A remixagem e a remasterização (de Carlos Freitas) possibilitaram maior percepção do timbre cristalino de uma das maiores cantoras brasileiras e da sonoridade do álbum criado pelo pianista e arranjador César Camargo Mariano — com quem Elis foi casada —, que, a partir dali, se tornou conhecido como “o som de César”. Na gravação, ele teve a companhia de Hélio Delmiro (guitarra), Luizão Maia (baixo) e Paulo Braga (bateria). Os quatro, a partir daquela gravação, formaram a banda que passaria a acompanhar a estrela em shows.
O setlist do Elis 72, bem variado em termos de estilos, trouxe músicas de compositores consagrados como Tom Jobim (Águas de março), Chico Buarque e Francis Hime (Atrás da porta), Milton Nascimento e Ronaldo Bastos (Cais e Nada será como antes), Ivan Lins e Ronaldo Monteiro (Me deixe em paz). Há, também, canções de composições de início de carreira: Sueli Costa e Victor Martins (20 anos blues); João Bosco e Aldir Blanc (Bala com bala); Fagner e Belchior (Mucuripe); Gutemberg Guarabira (Olhos abertos); Zé Rodrix e Tavito (Casa no campo); além de Boa noite, amor, uma canção tradicional, com a assinatura de Francisco Matoso e José Maria de Abreu, e Vida de bailarina, de Dorival Silva, o Chocolate.
Um dos pilares da Bossa Nova, o compositor, multi-instrumentista e produtor capixaba Roberto Menescal exerceu por 16 anos, entre 1979 e 1986, a função de diretor artístico da Philips (atual Universal Music), produziu discos de Elis Regina, Chico Buarque, Emílio Santiago, Maria Bethânia, Nara Leão, Leila Pinheiro, da mineira-brasiliense Márcia Tauil e dos grupos Os Cariocas e MPB-4; e o documentário Coisa mais linda. Ele também criou as trilhas sonoras dos filmes Bye Bye Brasil e Joana Francesa, de Cacá Diegues; é coautor de clássicos como O barquinho, Nós e o mar, Ah se eu pudesse e Bye bye Brasil; e atualmente dirige projetos musicais como o Bossacucanova. Po Irlam Rocha Lima, do Correio Braziliense....

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