O Ibope divulgou sua pesquisa na noite de ontem primeiro pela
GloboNews e em seguida pela Rede Globo. Os números são diferentes mas as
colocações dos principais candidatos são semelhantes tanto num levantamento
quanto no outro. Escrevo este artigo à noite de ontem e hoje os números, claro,
vão sair nos principais jornais. Chama atenção a divergência quanto aos
percentuais descobertos pelos dois Institutos. Para o Datafolha, Bolsonaro
subiu de 22 para 24% . Para o IBOPE o salto foi maior e o Instituto colocou o
candidato do PSL na liderança com 26 pontos.
A
liderança não é o foco da questão já que Bolsonaro ocupa o primeiro lugar tanto
numa pesquisa quanto na outra. Mas a diferença de quatro pontos, ao contrário
do que se diz por aí, é uma diferença enorme. Basta ver os últimos desfechos
eleitorais no país para se constatar a importância de um percentual desse porte.
SEM EXPLICAÇÃO – Algum equívoco tem que
haver. Não explica a diferença o fato de a pesquisa do IBOPE ter sido iniciada
no sábado e a do Datafolha na segunda-feira. As motivações da subida de Bolsonaro
situam-se no atentado que sofreu e no qual quase perdeu a vida não fosse a
atuação rápida dos médicos de Juiz de Fora. Mas não é esta a questão.
A
questão essencial é que se encontram separando os levantamentos, por exemplo as
diferenças em relação as intenções de votos atribuídas a Marina Silva. Para o
Datafolha ela caiu 5 pontos, para o IBOPE a queda pode ser incluída na natural
margem de erro. Nada disso. Um equívoco. A manutenção próxima ao resultado da
pesquisa anterior significa estabilização. O recuo de 16 para 11 pontos destaca
o caráter descendente exposto nesses cinco degraus. Aliás, como disse
recentemente o mais importante em matéria de pesquisa é identificar os
movimentos de subida e descida dos candidatos em foco.
EXCEÇÕES – A maioria dos candidatos,
excetuando-se Bolsonaro, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, Marina Silva e agora
Fernando Haddad, não apresentam a menor possibilidade de crescimento. Podem até
apertar o passo, mas não de maneira capaz de colocá-los no turno final de 28 de
outubro.
Interessante
frisar que além da disputa entre os cinco principais nomes agora verifica-se
que surgiu uma outra: o confronto entre o Datafolha e o Ibope para ver qual
deles estará mais certo na hora da decisão.
Vamos
esperar os próximos dias.
Por Pedro do Coutto.........
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