sexta-feira, 27 de abril de 2018

INFARTO: saiba o que fazer para aumentar a chance de sobrevivência


    
- A cada dois minutos, um brasileiro morre vítima da doença. Ações rápidas e uma estrutura hospitalar adequada fazem toda diferença –

Segundo o cardiologista Thomas Osterne, de Brasilia, o tempo, no caso de um ataque cardíaco, é determinante. Ele explica que o infarto é a insuficiência de sangue oxigenado no coração devido à obstrução de uma artéria coronária. Com a circulação prejudicada, as células do músculo cardíaco começam a morrer. “Por isso, quanto antes você identificar e tratar o infarto, mais musculatura é possível salvar”, complementa.
“O que mais mata não é o próprio infarto em si, mas a arritmia que ele pode provocar. E, há arritmias tão malígnas que, se você não estiver em uma área pré-hospitalar com uma estrutura adequada para reverter o quadro, pode ser fatal."
Tempo que salva vidas
Quando a artéria é totalmente bloqueada, a desobstrução precisa ocorrer num prazo de 90 minutos. E mesmo que o bloqueio seja parcial, o atendimento deve ser muito rápido, porque o risco de arritmia existe.
O tempo preconizado pela sociedade médica internacional é de até 10 minutos entre a chegada do paciente até a realização do primeiro eletrocardiograma, exame que constata o ataque cardíaco.

Segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 300 mil infartos ocorrem por ano no Brasil. Desses, 80 mil acabam sendo fatais – seja por não receberem o tratamento adequado ou por não terem sido controlados os fatores de risco que podem desencadear a doença. Dentre eles, tabagismo, obesidade, sedentarismo, diabetes e hipertensão.
Como reconhecer e agir?
Os sintomas são clássicos. Dor ou aperto no peito, principalmente no tórax esquerdo, irradiando para o braço. Porém, o cardiologista Thomas Osterne ressalta que, muitas vezes, a dor também pode ser irradiada para costas ou mandíbula, e ser desencadeada por esforço. “Por exemplo, o paciente estava em repouso, começou a fazer algum esforço físico e sentiu a dor”, destaca.
No entanto, há alguns gêneros e classes que desenvolvem sintomas atípicos. “Os mais idosos e as mulheres, por exemplo, podem apresentar desde falta de ar, mal-estar e até dor abdominal, com náuseas e vômitos”.
Em qualquer situação, o mais importante é chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ou levar o doente o mais rápido possível para um hospital. A dica de Osterne é que, se já houver a suspeita de infarto, ou se for um paciente com histórico na família, seja feito acompanhamento cardiológico periodicamente. “Para todos os pacientes, cardíacos ou não, a forma mais eficiente de prevenção é adotar hábitos de vida saudáveis, que incluem uma alimentação adequada e a prática de atividades físicas”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário