sábado, 3 de março de 2018

Modelo virtual criada por fotógrafo levanta debate sobre racismo


               
- Para algumas pessoas, britânico está tirando proveito da beleza negra -

Se você passasse os olhos desavisadamente por algumas fotos de Shudu Gram, certamente juraria de pés juntos que se trata de uma modelo de carne e osso. Mas não é o caso. Apresentada como "a primeira supermodelo digital do mundo", Shudu é uma criação do fotógrafo britânico Cameron-James Wilson e vem dando o que falar, enquanto recebe acusações de racismo.
Com sua primeira postagem em abril do ano passado, a modelo só foi alçada ao sucesso depois que a marca de cosméticos da cantora Rihanna, Fenty Beauty, compartilhou uma foto dela em sua conta no Instagram. Depois disso, Shudu já alcançou um séquito de mais de 48 mil seguidores, número capaz de deixar muito humano com inveja.
Em boa parte das fotos postadas ela aparece nua, ostentado joias e com produções dignas de editorial de moda. Também há alguns vídeos em que ela encara a câmera com expressões cheias de vitalidade, cujo número de visualizações passa dos 70 mil.
Nos comentários há muitos elogios sobre a beleza da criação, mas também há quem diga que o trabalho não é tão perfeito assim. Fora isso, algumas pessoas enxergaram racismo e oportunismo na criação de Cameron.
"Um fotógrafo branco descobriu uma maneira de lucrar com as mulheres negras sem ter que pagá-las", escreveu uma pessoa no Twitter, ao passo que outro usuário da rede social fez coro: "Isso é problemático. Em vez de contratar uma modelo negra, ele criou uma".
Cameron se defende dizendo que a criação é, na verdade, uma homenagem às mulheres negras e que ele não tem a intenção de usá-la comercialmente.\Uma beleza "incomum", mas ela representa e é inspirada em todo um continente de belas mulheres - disse ele à blogueira Isiuwa Igodan. - Para mim ela é especial, sim, mas como são milhões de homens e mulheres africanos da vida real

Extraído de O Globo...


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