
- Colocar no papel angústias de fatos passados ajuda a reduzir o estresse e a melhorar a performance em futuros desafios, mostra estudo americano -
Quando uma pessoa confessa que vai enfrentar problemas, um dos conselhos mais recebidos é “tenha o pensamento positivo”. Uma estratégia diferente, porém, parece surtir mais resultado, segundo cientistas americanos. Eles realizaram um experimento com voluntários no qual observaram que escrever sobre angústias referentes a fatos passados reduz a quantidade de cortisol, um hormônio ligado ao estresse. Detalhes do trabalho foram divulgados na revista Frontiers in Behavioral Neuroscience.
Quando uma pessoa confessa que vai enfrentar problemas, um dos conselhos mais recebidos é “tenha o pensamento positivo”. Uma estratégia diferente, porém, parece surtir mais resultado, segundo cientistas americanos. Eles realizaram um experimento com voluntários no qual observaram que escrever sobre angústias referentes a fatos passados reduz a quantidade de cortisol, um hormônio ligado ao estresse. Detalhes do trabalho foram divulgados na revista Frontiers in Behavioral Neuroscience.
Para a equipe, como todos os indivíduos experimentam contratempos e estresse em algum momento da vida, a descoberta pode fornecer uma visão sobre como é possível usar essas experiências para ter um melhor desempenho em desafios futuros. “Qualquer um pode tentar utilizar essa técnica em um ambiente educacional, esportivo ou mesmo terapêutico”, ilustra DiMenichi. “No entanto, é difícil comparar as medidas laboratoriais de desempenho cognitivo com o desempenho em uma pista olímpica, por exemplo. Nossa pesquisa futura poderá examinar o efeito da manipulação de escrita no desempenho atlético atual, é uma próxima abordagem possível”, cogita a autora.
Uso clínico
Melo também acredita que o trabalho americano poderá ajudar no desenvolvimento de estratégias de aumento de desempenho. “O nível de cortisol de pessoas que experimentaram o estresse antes da segunda tarefa foi quase inexistente, o que não ocorreu no grupo controle. Esses resultados são bastante interessantes, pois podem servir como uma estratégia terapêutica para atletas, por exemplo, antes de enfrentarem um desafio”, explica. “Acredito que um próximo passo interessante seria escrever sobre medos específicos, problema específicos, a fim de entender melhor questões mais profundas”, opina.
DiMenichi também aposta em aplicações na área médica. “Acredito, absolutamente, que nossos resultados podem influenciar o tratamento psiquiátrico, especificamente para indivíduos com transtorno do estresse pós-traumático e/ou ansiedade generalizada e social”, diz. “Pesquisas futuras devem ser conduzidas para examinar se escrever sobre uma falha longitudinalmente também leva a uma melhor regulação do estresse em transtornos psiquiátricos”, detalha.
"Acredito, absolutamente, que nossos resultados podem influenciar o tratamento psiquiátrico, especificamente para indivíduos com transtorno do estresse pós-traumático e/ou ansiedade generalizada e social”. Por Vilhena Soares.....
Brynne C. DiMenichi, pesquisadora da Universidade de Rutgers e autora principal do estudo
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