Não é novidade para ninguém que o brasileiro não tem memória e nem valoriza como deveria o trabalho dos seus maiores artistas, principalmente na música, setor que vive um dos seus piores tempos, já que o que a maioria dos espaços dedicados pelos meios de comunicação estão voltados para a divulgação de verdadeiras atrocidades musicais. No sentido de seguir evidenciando a obra de quem realmente merece, abordamos desta vez a arte de de Elifas Andreato, talvez, o mais importante artista gráfico do Brasil, junto a Música Brasileira.
Na década de 70 e ainda na de 80, um artista ter a capa de seu álbum assinada por Elifas Andreato era sinônimo de prestígio. Nenhum dos grandes da MPB saiu incólume.
Com mais de quarenta anos de atividade como artista plástico, Elifas é especialmente reconhecido como ilustrador de inúmeras capas de discos de vinil nos anos 70, incluindo grandes nomes da Música Popular Brasileira como Chico Buarque de Holanda, Elis Regina, Adoniran Barbosa, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, entre outros.
O traço poético com profundo sentido social definiu os trabalhos de Elifas como um ícone de uma geração que protestava, por meio da arte, contra a ditadura militar vigente.
Da geração do vinil, Elifas foi o maior capista, chegando a produzir a capa de 362 discos, com destaque para a Ópera do Malandro, de Chico Buarque, A Rosa do Povo, de Martinho da Vila, Clementina de Jesus, O Sorriso Ao Pé da Escada, de Jessé e A Arca de Noé, obra de Vinícius de Moraes. Com informações do Edu do Baú do Edu..