A EMOCIONANTE AMIZADE ENTRE RAVI SHANKAR E GEORGE HARRISON

“Poderia me encontrar com qualquer pessoa. Podia ir a todas as residências de artistas de cinema, encontrar com Elvis e qualquer um mais e conhecemos um monte de gente boa, mas jamais encontrei uma pessoa que realmente tenha me impressionado. A primeira pessoa, em minha vida, que efetivamente me impressionou foi Ravi Shankar, e ele foi a única pessoa que não tentou me impressionar” – George Harrison

Conhecido no início como o ‘beatle quieto’, George Harrison também era o mais novo dos quatro e, ainda assim, considerado como o mais maduro musicalmente. Durante anos, ele permaneceu recatado e em silêncio enquanto John e Paul naturalmente ofuscavam qualquer manifestação ou aparição sua. George sempre reclamou em entrevistas posteriores que, quando ia gravar suas composições, Lennon & McCartney procuravam dificultar ou boicotar suas sessões de gravações. Ainda assim, suas contribuições foram consideradas verdadeiras obras de mestre. Canções como ‘While My Guitar Gently Weeps’ e ‘Something’ são verdadeiros clássicos venerados em todo o mundo.
Foi a música indiana, por meio de Shankar, que influenciou profundamente a música e a espiritualidade de George Harrison, o beatle ficou muito atraído pela clássica música indiana do norte da Índia. Quando George tinha 22 anos, em agosto de 1965 ouviu pela primeira vez a música de Ravi Shankar durante uma “viagem” de ácido com Roger McGuinn e Crosby dos Byrds. Harrison, inspirado pelo som indiano, canalizou sua influência para tocar em “Norwegian Wood” de John Lennon, durante as sessões de “Rubber Soul” dois meses depois.
“Quando tinha cerca de 12 ou 13 anos, estava pedalando minha bicicleta e ouvi ‘Heartbreak Hotel’ vindo da casa de alguém. O som foi muito significativo para mim: me tocou de uma certa maneira e me deu vontade de conhecê-lo e segui-lo. O mesmo aconteceu com a música indiana. Ela não fazia nenhum sentido para mim, mas em algum lugar aqui dentro fez um sentido absoluto. Mais sentido do que qualquer coisa que já tivesse ouvido antes.” – George Harrison.
Harrison conheceu Shankar em Londres no ano de 1966 e visitou a Índia durante seis semanas para estudar sitar com o músico indiano em Srinagar. Suas crenças na filosofia oriental e o gosto pela música indiana aumentaram sensivelmente.
Quando George apareceu com ‘Within You Without You’ surpreendeu George Martin e os outros Beatles. A música, apesar de bela, é muito introspectiva e solitária, uma verdadeira destilação de seus estudos sobre a filosofia e a música indiana.
Ravi participou de inúmeros projetos com George, dentre as quais destacamos o Concerto para Bangladesh em 1971, a gravação de ‘Shankar Families and Friends’ em 1973 e a turnê norte-americana de 1974.
George sempre teve um jeito muito pragmático. Sempre reconhecia com facilidade pessoas falsas ou interesseiras. Era um ser de extrema generosidade e bastava algum amigo do círculo intimo estar necessitado que ele enfiaria a mão no bolso e entregaria até o último centavo. E o que falar da amizade de George com Ravi? Basta verificar nas fotos abaixo as diferentes fases de vida em que os mesmos se encontraram para perceber o elo fortíssimo que unia os dois músicos que durou até o fim da vida de Harrison.
A única pessoa, além de Olivia e Dhani que esteve durante as últimas horas de vida de George Harrison foi Shankar. George pediu que posicionasse duas imagens de Krishna e Rama na cômoda ao lado da cama enquanto Ravi tocava sua sitar até seu derradeiro suspiro às 13:20hs de 29 de novembro de 2001.Por BeatleLado.....

GIL OITENTA

                - Turnê, reality show e museu virtual fazem parte das celebrações -

Se lenda tivesse cara, ela certamente teria o rosto de Gilberto Passos Gil Moreira. Ou, simplesmente, Gil. Às vésperas de completar 80 anos, neste domingo, dia 26 de junho, o ex-ministro da Cultura e Imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) vive mais um dos seus recorrentes auges.

50 ANOS : 5 DISCOS QUE DESAFIARAM O TEMPO

Em 1971, o Brasil , então governado pelo general do Exército Emilio Garrastazu Médici, vivia tempos bastante nublados. Mas mesmo em situação adversa, a música brasileira conseguia continuar produzindo obras de alta qualidade — da mesma forma que acontece hoje, a despeito de pandemia e desgoverno.

O SOM QUE ELEVOU O PATAMAR DA NOSSA MÚSICA

- Apesar de pouco reconhecido por aqui, o Azymuth tornaria-se o maior marketing acidental da música tupiniquim pela Europa. Graças a este disco a banda recebeu o convite para tocar no elogiado Festival de Montreaux, na Suíça, e entrou no Livro dos Recordes por ser o primeiro grupo brasileiro a permanecer por um ano nas paradas de sucesso inglesas. - 

NUNCA É DEMAIS E POUCO TAMBÉM SATISFAZ....

Se tem alguém por quem tenho uma profunda admiração  no mundo da música, essa figura é o proprietário e produtor do revolucionário Selo ECM, o alemão MANFRED EICHER, que me fez entender que a música está usando o som para organizar as emoções no tempo.

A “VOZ DE DEUS” VAI DESCANSAR: MILTON NASCIMENTO ANUNCIA TURNÊ DE DESPEDIDA

Em tempos de abandono total, a nossa cultura vai ficar ainda mais pobre com a notícia dando conta que o genial Milton Nascimento vai se despedir dos palcos de uma vez por todas este ano. O cantor anunciou as datas da última turnê de sua carreira, que passa por Brasil, Estados Unidos e Europa.

Chamada "A Última Sessão de Música", a turnê de despedida de Milton Nascimento começa no próximo dia 11 de junho, no Rio de Janeiro, e vai até novembro, quando ele faz seu último show. A apresentação final do cantor está marcada para o estádio Mineirão, em Belo Horizonte

“Livre, acima de tudo”

Billy Higins: lembrando dele 21 anos após sua morte.

“Higgins não se destaca tocando, ele não exagera, mas você sabe que ele está sempre lá”, Lee Morgan.
“Billy Sorridente”, batizado por seu sorriso permanente, nasceu em 1936 em Los Angeles, em uma família de músicos, ambiente que incentivou sua carreira.
Seu início -na cena do rhythm and blues- foi com o pianista e cantor Amos Milburn, Bo Diddley e Jimmy Witherspon -cantores- que eram populares nos anos 40 e 50.