quinta-feira, 11 de outubro de 2018

O DISCO QUE SACUDIU AS ESTRUTURAS E AFRONTOU O SISTEMA


                           
Soberano mestre do reggae. Bob Marley é uma unanimidade real, foi o cara certo, na hora certa, no lugar certo! Unanimidade entre todos que reconhecem o verdadeiro valor que se deve dar a música. Na concepção de Bob, este era o alvo de seu trabalho, de sua busca. Lutando com sua melhor arma - pura e simplesmente: MÚSICA - Bob Marley, abriu os olhos, tocou o coração, chacoalhou o corpo de milhares de pessoas. As transformou em um exército apaixonado por sua honrosa jornada - com propósitos incontestáveis no qual fomentavam a igualdade, união, liberdade e paz - munida apenas com a Verdade de Jah. Assim, Bob Marley e os Wailers (BMW) romperam barreiras, revolucionando de fato a história da música e o poder abrangido por ela. 
Muitos podem não saber, mas Bob Marley foi um artista pop bem sincrético. Sempre trafegando por referências suburbanas e negras, ele explorou o reggae como ninguém com ritmos como rock, funk, ska, rocksteady, jazz e até mesmo bossa nova (na “Pray For Me”, que foi descoberta postumamente).
Cada um de seus álbuns representa uma distinta fase do músico: dos tempos difíceis na Jamaica junto a Peter Tosh e Bunny Wailer à honoris causa dos problemas sociorraciais no continente africano, Bob universalizou o ritmo lutando contra o sistema, pregando a paz universal ou mesmo declarando seu amor pela vida.
CATCH A FIRE – 1973 - Registro fabuloso de um período onde a sinergia entre os Wailers resultava em faixas carregadas de visões políticas que iam direto ao combate – talvez por conta da fúria contida no processo de composição de Peter Tosh. Houve uma briga nos bastidores por conta da separação da nomenclatura Bob Marley e Wailers, motivado pelas ideias marqueteiras do influente produtor Chris Blackwell, que queria fazer (e conseguiu) de Bob Marley uma estrela individual.
Ainda assim, Tosh entregou algumas de suas melhores composições, com destaque para “400 Years”. E Bob já sugeria influências africanas em seu trabalho no compasso de “Concrete Jungle”, que abre o disco com a clássica levada regueira, e na versão definitiva de “Kinky Reggae”, com os backings masculinos fortalecendo outra entidade do repertório do jamaicano. Com infirmações do Oficina de Macacos e na Mira do Groove...

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